quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Elementos Gerais do Universo

No post de hoje, trataremos de um tema pouco discutido no meio espírita - apesar de ser um tema extremamente importante: os Elementos Gerais do Universo.


Deus, espírito (com 'e' minúsculo) e matéria constituem o princípio de tudo o que existe: a trindade universal.
E como já abordamos a ideia de DEUS em posts anteriores, vamos, hoje, falar um pouco sobre ESPÍRITO e MATÉRIA.

ESPÍRITO
Princípio inteligente do Universo.
O espírito independe da matéria, embora a união de ambos seja necessária para que se dê vida à matéria orgânica.

MATÉRIA
Agente, intermediário através do qual e sobre o qual atual o espírito.
A matéria existe em diversos estados, inclusive tão etérea e tão sutil que escapa inteiramente ao alcance de nossos sentidos.

E pq a diferença entre Espírito (com 'e' maiúsculo) e espírito (com 'e' minúsculo)?
Espírito faz referência à individualidade humana, dotada de razão. Por sua vez, espírito é a designação do princípio inteligente do Universo.

Em O Livro dos Espíritos, o tema é abordado a partir da questão de número 21. Algumas delas trazemos para o post de hoje:


22. Define-se geralmente a matéria como sendo o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas definições?
“Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. Mas a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria.”

a) — Que definição podeis dar da matéria?
“A matéria é o laço que prende o espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação.”
Deste ponto de vista, pode dizer-se que a matéria é o agente, o intermediário com o auxílio do qual e sobre o qual atua o espírito.

23. Que é o espírito?
“O princípio inteligente do Universo.”

a) — Qual a natureza íntima do espírito?
“Não é fácil analisar o espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa. Ficai sabendo: coisa nenhuma é o nada e o nada não existe.”

24. É o espírito sinônimo de inteligência?
“A inteligência é um atributo essencial do espírito. Uma e outro, porém, se confundem num princípio comum, de sorte que, para vós, são a mesma coisa.”

25. O espírito independe da matéria, ou é apenas uma propriedade desta, como as cores o são da luz e o som o é do ar?
“São distintos uma do outro; mas, a união do espírito e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria.”

27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito?
“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela. (...)”

28. Pois que o espírito é, em si, alguma coisa, não seria mais exato e menos sujeito a confusão dar aos dois elementos gerais as designações de matéria inerte e matéria inteligente?
“As palavras pouco nos importam. Compete-vos a vós formular a vossa linguagem de maneira a vos entenderdes. As vossas controvérsias provêm, quase sempre, de não vos entenderdes acerca dos termos que empregais, por ser incompleta a vossa linguagem para exprimir o que não vos fere os sentidos.”


E aqui terminamos o post de hoje.
O abraço fraterno de sempre e até a próxima!!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Atributos da Divindade

Continuando nossas postagens acerca do Capítulo 3 da apostila Doutrina Espírita para Principiantes, hoje trataremos dos Atributos de DEUS. Evidentemente que não traremos, aqui, TODOS os atributos do Criador - até porque ainda somos muito carentes perceptivamente, mas apresentaremos aqueles que não podem faltar à absoluta perfeição.


DEUS É ETERNO
Se tivesse tido princípio, teria sido criado por algo anterior a ele. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.

É IMUTÁVEL
Se tivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo não teriam qualquer estabilidade.

É IMATERIAL
Sua natureza difere de tudo o que consideramos como 'matéria'. De outro modo, ele não seria imutável, visto que estaria sujeito às transformações da matéria.

É ÚNICO
Se muitos deuses houvesse, não haveria unidade de direção no Universo.

É ONIPOTENTE
Ele o é porque é único. Se não dispusesse de soberano poder, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto Ele.

É ONIPRESENTE
Está presente em todos os lugares do Universo infinito. Quanto mais forte a luz, mais ela irradia a sua claridade. Logo, não existe lugar sagrado - ou melhor, TODOS os lugares são sagrados, ao passo que contam com a presença do Criador.

É SOBERANAMENTE BOM E JUSTO
A sabedoria providencial das leis divinas e a bondade e misericórdia de Deus se revelam desde as mais pequeninas coisas até as maiores. Os desígnios de Deus são insondáveis, mas soberanamente justos.

Por ora é só.
No próximo post, trataremos dos elementos gerais do Universo.

O abraço fraterno de sempre.
E até lá!!

sábado, 3 de novembro de 2012

Deus e as provas de sua existência

Dando continuidade ao Capítulo 3 da apostila Doutrina Espírita para Principiantes, hoje falaremos um pouco sobre as provas da existência de Deus.


Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec faz uma série de perguntas à Espiritualidade Superior sobre as provas da existência de Deus. Trazemos algumas delas para o post de hoje:

Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da educação, resultado de idéias adquiridas?
“Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”
Kardec comenta: Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão-somente produto de um ensino, não seria universal e não existiria senão nos que houvessem podido receber esse ensino, conforme se dá com as noções científicas.


Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?
“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? (...)”
Outro comentário de Kardec: A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.


Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
“Tendes um provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. (...)"
O Codificador do Espíritismo destaca: O poder de uma inteligência se julga pelas suas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade.



Sobre o assunto, os Espíritos que participaram da Codificação esclarecem, na questão de nº 14 de O Livro dos EspíritosDeus existe; disso não podeis duvidar - e é o essencial. Crede-me, não vades além. Não vos percais num labirinto donde não lograríeis sair. Isso não vos tornaria melhores (...). Deixai, conseguintemente, de lado todos esses sistemas; tendes bastantes coisas que vos tocam mais de perto, a começar por vós mesmos. Estudai as vossas próprias imperfeições, a fim de vos libertardes delas, o que será mais útil do que pretenderdes penetrar no que é impenetrável.

Kardec, por sua vez, conclui no livro A Gênese: Deus não se mostra, mas se revela por suas obras.

E, para terminarmos o post de hoje, trazemos uma história que nos é contada pelo Espírito Meimei no livro Pai Nosso:

"Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou: – Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu: – Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
– Como assim? – indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-se: – Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
– Pela letra.
– Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?
– Pela marca do ourives.
O empregado sorriu e acrescentou: – Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
– Pelos rastros – respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso: – Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também."


O abraço fraterno de sempre. Fiquem com Deus!
E até o próximo post, onde falaremos dos Atributos da Divindade.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O que é Deus?

Allan Kardec, na primeira pergunta de O Livro dos Espíritos, pergunta à Espiritualidade Superior:

O que é Deus?
- Deus é a Inteligência Suprema, causa primária de todas as coisas.


Ele continua, na pergunta de nº 3: Poder-se-ia dizer que Deus é o infinito?
- Definição incompleta. Pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da linguagem dos homens.

Neste caso, o próprio Codificador do Espiritismo comenta: Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo de uma coisa pela coisa mesma, é definir uma coisa que não está conhecida por uma outra que também não está.

No atual estágio evolutivo em que nos encontramos, temos a necessidade urgente de definir algumas coisas em palavras para que possamos entendê-las. DEUS é uma (e a maior) delas.
Temos, hoje, uma vaga noção de seus atributos (assunto que será tratado nos próximos posts), mas ainda assim é uma noção extremamente aquém da realidade, visto que DEUS possui todas as perfeições em grau supremo.
Cabe a reflexão: seríamos capazes de, em nossa imperfeição, definir o que é ABSOLUTO?
Qual idioma usaríamos? Quais palavras?
Teríamos a ideia total de todas as características do Criador?
Complicado, né??

De qualquer forma, precisamos ter em mente que o próprio Jesus não se sentou em praça pública para explicar a natureza de DEUS. Ele se limitou a chamá-Lo de ABA: "Nosso Pai", indicando, segundo Emmanuel, os deveres de amor e reverência com que nos cabe contribuir na extensão e no aperfeiçoamento da Obra Divina.

Terminamos o post de hoje deixando uma passagem bastante interessante sobre o assunto que podemos encontrar no livro Depois da Morte, de Léon DenisDefinir é limitar. Em face deste grande problema, a fraqueza humana aparece.
Deus impõe-se ao nosso Espírito, porém escapa de toda a nossa capacidade de análise.
Querer definir Deus seria circunscrevê-lo e quase negá-lo.
Para resumir, tanto quanto podemos, tudo o que pensamos referente a Deus, diremos que Ele é a Vida, a Razão, a Consciência em sua plenitude. É a causa eternamente operante de tudo o que existe.
É a comunhão universal.

O nosso abraço fraterno de sempre.
Fiquem com Deus.

E até a próxima!!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ideia de Deus

Seguindo a sequência da Apostila Doutrina Espírita para Principiantes, hoje daremos início aos estudos abordados pelo Capítulo 3: DEUS.


Desde os tempos mais remotos, o ser humano sempre sentiu no íntimo da sula alma a existência de um "Ser" superior, que, posteriormente, chamou de Deus.

Desde a Antiguidade o homem já sentia em si a presença de Deus, adorando a Natureza à base de rituais, cerimônias e cantos rudimentares. Contudo, à medida que ele [o homem] evoluiu, aperfeiçoou-se, também, sua concepção de Deus e as formas de adorá-lo.
Tempos houve em que cada família, cada tribo, cada cidade e cada raça tinha os seus deuses particulares, em cujo louvor o fogo divino ardia constantemente. Retribuindo essas homenagens, se acreditava que tais deuses tudo faziam por seus adoradores, chegando até a se postar a frente dos exércitos a que pertenciam, ajudando em guerras defensivas ou de conquista.

Na verdade, o homem sempre buscou a Deus.
Desde a adoração das forças da Natureza, passando pelo culto ao Sol das civilizações pré-colombianas, pelo Jeová dos judeus e pelo velhinho de barbas brancas dos católicos, a ideia de Deus vem evoluindo sempre conforme o progresso (científico e moral), o entendimento e a cultura da humanidade.

Concluímos, portanto, que Deus não é apenas uma ideia ou fruto das necessidades psicológicas de uma época (visto que esteve presente em todos os povos e em todas as épocas), mas uma realidade que se revela mais nítida à medida que compreendemos as leis que regem a vida e que estimulamos nosso desenvolvimento cultural, filosófico, intelectual e moral.

E, em nosso próximo post, traremos a pergunta: O que é Deus?
O abraço fraterno de sempre e até lá!!

sábado, 13 de outubro de 2012

O Consolador Prometido

Se me amais, guardai os meus mandamentos.
E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.
O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. (João 14: 15-17)


O termo CONSOLADOR, em seu original grego (língua na qual a Bíblia foi escrita), é PARAKLETOS: aquele que ensina, que defende, que conforta, que consola = consolador.
Logo, vemos que a ideia do Consolador Prometido vai muito além de consolar. É, também, aquele que viria para ensinar a humanidade, para abrir seus olhos, para trazer o conforto esperado.

Mas, continuando no capítulo 14 do Evangelho de João, temos a seguinte passagem:

Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.
Tenho-vos dito isto, estando convosco.
Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. (João 14: 24-26)

Com relação ao Espírito Santo, várias são as passagens na literatura complementar da Doutrina Espírita que falam sobre ele. No post de hoje apresentamos duas:

Livro Consolador, pergunta 312:
– Como interpretar a afirmativa de João: “Três são os que fornecem testemunho no céu: o Pai, o Verbo e o Espírito Santo"?
Emmanuel: - João referia-se 1) ao Criador; 2) a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação; e 3) à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.

No livro Paulo e Estevão, Emmanuel nos traz uma nota de pé de página quando se refere ao Espírito Santo:
"Ninguém deverá ignorar que Espírito Santo designa a legião dos Espíritos santificados na luz e no amor, que cooperam com o Cristo desde os primeiros tempos da Humanidade".


Logo, sendo o Espírito Santo a legião de Espíritos santificados que cooperam com o Cristo desde os primórdios da Humanidade e que são esses mesmos Espíritos que vêm nos esclarecer sobre as máximas evangélicas (através das comunicações mediúnicas), acho que fica mais do que claro que o Espiritismo é, de fato, o Consolador prometido por Jesus: "que vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito".

E aqui terminamos as abordagens do capítulo 2 da apostila Doutrina Espírita para Principiantes.
No próximo post iniciaremos, portanto, as abordagens do capítulo 3: DEUS.
Um tema um tanto quanto desafiador, concordam?

O abraço fraterno de sempre.
Fiquem com Deus.
E até a próxima!!

sábado, 6 de outubro de 2012

A Revelação Espírita

Como prometido em nosso último post, hoje abordaremos o tema A Revelação Espírita.

A 1ª vez que Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, fala em Revelação é no capítulo 1, item 6, de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Ele comenta: A lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificação; a do Novo Testamento tem-na no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não tem sua personificação em nenhuma individualidade porque é fruto do ensino dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma multidão inumerável de intermediários.

Do comentário do Codificador, podemos concluir:


1ª Revelação: Moisés

Muitos podem perguntar: "mas Moisés não foi quem estipulou a Lei de Talião: Olho por olho, dente por dente? Como isso pode representar a Revelação da Lei de Deus?"
Não podemos nos esquecer que, à época de Moisés, era comum uma pessoa se sentir no direito de, por ter uma de suas ovelhas roubadas, exterminar toda a família do ladrão e roubar todo o seu rebanho. Por ter um ente ferido, assassinar todos os descendentes do causador do dano. E tudo isso, segundo a concepção da época, agindo em nome da 'justiça'.
Moisés, portanto, vendo que a ação da 'justiça' era desproporcional ao dano, faz uma concessão: que a dita 'justiça' seja proporcional ao agravo! Olho por olho, dente por dente!

Contudo, precisamos nos lembrar que a Lei de Amor está na Revelação Mosaica:
Deuteronômio, 6:5 => Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.
Levítico, 19:18 => Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo.

E, lembrando-nos do Evangelho de Lucas: E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E ele lhe disse: Que está escrito na Lei? Como lês?
E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.
E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso, e viverás. (Lucas 10: 25-28)

O doutor da lei não resume todo o Velho Testamento com "Olho por olho, dente por dente". Ele resume com Amar a Deus e Amar ao próximo.
E Jesus conclui: "Respondeste bem!!"


2ª Revelação: O Cristo

A 2ª Revelação da Lei de Deus é trazida não por um homem (como aconteceu com Moisés), mas pelo Cristo em pessoa.
Jesus, o governador espiritual do orbe, vem com a missão não de divulgar, mas com a missão de exemplificar o Amor!

Encontramos no Evangelho de Mateus: Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir. (Mateus 5:17)
Kardec comenta: Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus; veio cumpri-la, isto é, desenvolvê-la, dar-lhe o verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. Por isso é que se nos depara, nessa lei, o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, base da sua doutrina.

Até agora, pudemos ver que, com Moisés, o Reino de Deus foi, digamos, teorizado.
Com Cristo ele foi exemplificado.
Contudo, muitas coisas não puderam vir à tona na época em função da imaturidade espiritual da humanidade. Explicamos: ninguém duvida da utilidade de um bisturi. Mas ninguém em sã consciência entrega um bisturi a uma criança de 2 anos de idade.

Faltava, então, explicar os ensinamentos de Jesus...


3ª Revelação: O Espiritismo

E ninguém, acendendo uma candeia, a cobre com algum vaso, ou a põe debaixo da cama; mas põe-na no velador, para que os que entram vejam a luz. Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz. (Lucas 8: 16 e 17)

Nos últimos tempos, disse o Senhor, derramarei o meu espírito sobre toda a carne, os vossos filhos e filhas profetizarão, os mancebos terão visões e os velhos, sonhos. (Atos 2:17)
(uma referência à mediunidade??)

Retomando o que citamos de Kardec no início deste post: O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não tem sua personificação em nenhuma individualidade porque é fruto do ensino dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma multidão inumerável de intermediários. Ele nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica.

O Espiritismo é, portanto, a 3ª Revelação!!

E aqui terminamos o nosso (longo) post de hoje - o que não significa que o assunto foi esgotado!
Em nosso próximo encontro trataremos de um tema igualmente importante: O Consolador Prometido por Jesus.

Nosso abraço de sempre. Fiquem com Deus.
E até a próxima!!

sábado, 29 de setembro de 2012

Princípios Fundamentais


Meus amigos, no post de hoje trataremos dos princípios fundamentais da Doutrina Espírita.
São eles:

EXISTÊNCIA DE DEUS
Em O Livro dos Espíritos, a Espiritualidade Superior nos ensina que Deus é a Inteligência Suprema, causa primeira de todas as coisas.
Allan Kardec, então, pergunta na questão de nº 4:

- Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
Os Espíritos respondem: "Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá."

IMORTALIDADE DA ALMA
Em todas as civilizações da História da Humanidade foram feitos registros do contato dos "vivos" com os "mortos"Deixamos, aqui, nosso post Antecedentes como referência para mostrarmos uma pequeníssima parte das demonstrações históricas desses contatos - provando, evidentemente, que algo "morto" não é capaz de manifestar-se.

REENCARNAÇÃO
Já na questão de nº 166 de O Livro dos Espíritos, o Codificador pergunta:

- Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?
“Sofrendo a prova de uma nova existência.”

a) - Como realiza essa nova existência? Será pela sua transformação como Espírito?
“Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal.”

b) - A alma passa então por muitas existências corporais?
“Sim, todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância
em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles.”

c) - Parece resultar desse princípio que a alma, depois de haver deixado um corpo, toma outro, ou, então, que reencarna em novo corpo. É assim que se deve entender?
“Evidentemente.”

"Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus."
(João 3:3)

PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS
"Há muitas moradas na casa de meu Pai."
(João 14:2)

COMUNICABILIDADE DOS ESPÍRITOS
"O vento* sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai." (João 3:8)

*Vento, em grego (idioma no qual os Evangelhos foram escritos), é pneuma.
E pneuma significa tanto VENTO quanto ESPÍRITO.

Assim, uma alternativa de tradução seria "O Espírito sopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai".
Deixamos, aqui, a liberdade para que cada um leia a passagem Evangélica da maneira que melhor entendê-la.

MORAL ESPÍRITA
Na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec esclarece: Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável. Essa parte [o ensino moral de Jesus] é a que será objeto exclusivo desta obra.

Baseada no ensinamentos que nos foram (e são ainda hoje!) trazidos pelo Cristo, a Moral Espírita procura desvendar todos os mistérios que, à época de Jesus, foram lançados propositadamente em função de nossa imaturidade espiritual. Éramos crianças que ainda não estavam preparadas para entender tudo aquilo que o Mestre tinha para nos ensinar.
Entretanto, ele mesmo deixou o recado: "Não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondido que não haja de saber-se e vir à luz" (Lucas, 8:17)

O próprio Jesus antecipou a base dos fundamentos do Espiritismo: a revivescência de seu Ensino Moral!!

E por aqui terminamos o post de hoje.
Em nosso próximo encontro trataremos de um assunto que, particularmente, nos empolga bastante: a Revelação Espírita!!

O abraço fraterno de sempre. Fiquem com Deus.
E até lá!!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

De quê trata o Espiritismo?

Dando continuidade às abordagens do Capítulo 2 da apostila Doutrina Espírita para Principiantes, falaremos hoje sobre os pontos basilares da Doutrina que nos é ensinada, diariamente, pelos Espíritos.


O Espiritismo responde as questões fundamentais de nossa vida: Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? O que acontece depois da morte? Por que há tanta desgraça no mundo? Por que uns sofrem mais do que outros? Por que alguns nascem ricos e outros nascem pobres? Por que uns nascem perfeitos e outros com deficiência físicas e/ou mentais? Por que os maus sofrem menos do que os que são bons?

A princípio, cabe a pergunta: O que é o Espiritismo?

Segundo seu próprio Codificador, "o Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relação com o mundo corporal.
Ele é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, o Espiritismo consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que resultam dessas mesmas relações.
Ainda no campo filosófico, ele pode ser considerado como uma doutrina filosófica de efeitos religiosos, como qualquer filosofia espiritualista, pelo que forçosamente vai às bases de toda religião: Deus, a alma e a vida futura. Entretanto, não pode ser considerado como uma religião formalmente constituída, visto que não tem culto, nem rituais, nem sacerdotes, nem templos, se prendendo, essencialmente, às ideias religiosas: desenvolvendo-as naqueles que não as possuem e fortificando-as naqueles que já possuem um traço de sua base moral".

Dessa definição dada por Allan Kardec, temos que o Espiritismo possui um tríplice aspecto:

1º) o Espiritismo é CIÊNCIA quando observa os fenômenos produzidos pelos Espíritos e estuda as leis que regem esses fenômenos;
2º) o Espiritismo é FILOSOFIA quando reflete sobre as consequências morais inerentes a essas mesmas leis; e
3º o Espiritismo é RELIGIÃO quando promove a restauração do Evangelho, acabando com o arcabouço de dogmas que o descaracterizaram ao longo da História.


Para os que sentirem vontade de se aprofundarem um pouco mais sobre o tríplice aspecto do Espiritismo, no site da Federação Espírita Brasileira pode ser lido um artigo sobre o tema. Aos interessados, basta clicar AQUI.

Por sua vez, Martins Peralva, autor e estudioso Espírita, definiu assim o Espiritismo na obra Estudando a Mediunidade: "Espiritismo é um corpo de Doutrina, de elevado teor espiritual, consubstanciando normas e diretivas superiores que visam, primordialmente, à elevação moral do ser humano".

E para não alongarmos demais o post de hoje, encerraremos por aqui, prometendo trazer, em seguida, os princípios fundamentais da Doutrina.

Nosso abraço de sempre. Fiquem com Deus.
E até a próxima!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Os primeiros 3000 acessos

Meus amigos, foi com muita alegria que, no domingo dia 16/09/12, atingimos a marca dos 3000 acessos em nosso blog. É o 1º passo de uma caminhada que, por enquanto, não podemos prever o final.
Contudo, uma coisa é certa: nosso trabalho de divulgar e estudar o Espiritismo pela internet prosseguirá!

O nosso MUITO OBRIGADO a todos os que têm nos acompanhado, inclusive aos brasileiros espalhados pelo mundo!!


Que a Espiritualidade Superior abençoe nossas expectativas de, ao aprendermos um pouco mais sobre a Doutrina, consigamos, finalmente, iniciarmos o processo de implantação do código moral Universal contido no Evangelho em nossos corações.

O nosso OBRIGADO mais uma vez e, repetindo o que comentamos em nosso primeiro post, lembramos as elucidações inesquecíveis do benfeitor Alexandre no livro Missionários da Luz:

- Porque estudar o Espiritismo?
- Pq "em toda edificação verdadeiramente útil, não podemos prescindir da base".

O nosso abraço fraterno a todos. Fiquem com Deus.
E até a próxima!!

Tchau!

sábado, 15 de setembro de 2012

Espiritualidade como tema do Globo Repórter

Meus amigos, abrindo mais um parêntesis na apostila Doutrina Espírita para Principiantes, o post de hoje é dedicado ao programa Globo Repórter que foi ao ar na Rede Globo no dia 14/09/12.


O programa, todo ele dedicado a práticas espirituais, mostrou o relacionamento de harmonia que finalmente começa a surgir entre Ciência e Religiosidade.

O programa foi assim dividido:

1ª parte: Conheça a história de pessoas que acreditam na energia espiritual
Casos que a medicina ainda não tem como explicar. quatro histórias de cura com o mesmo remédio: os passes de Dona Isabel.
Clique AQUI.

2ª parte: Entenda como funciona a terapia pela imposição das mãos
Teria a espiritualidade alguma influência no tratamento das doenças do coração? Até agora, a medicina nada comprovou. Por isso, o Instituto do Coração, em São Paulo, resolveu investigar esse mistério.
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3ª parte: Saiba o que acontece nas cerimônias fechadas do candomblé
O tratamento espiritual do candomblé tem o poder de renovar a auto-estima e afastar as energias negativas de quem procura ajuda nos terreiros.
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4ª parte: Meditação ajuda mulheres na luta contra o desequilíbrio hormonal
Quando os pesquisadores da UNIFESP apostaram na meditação, não esperavam um resultado tão promissor. Eles conseguiram praticamente acabar com o desconforto provocado pela menopausa.
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5ª parte: Será que o poder da espiritualidade pode ajudar a ciência?
É cada vez mais evidente que a espiritualidade pode ser a chave para o controle da própria saúde. Médicos e pacientes aprendendo juntos que a cura depende de uma boa dose de entrega.
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Vemos que a realidade espiritual do ser humano se patenteia de forma incontestável à medida que a Ciência se aprofunda nos estudos do corpo humano.
É a Ciência se libertando das algemas do materialismo e dando às mãos, agora livres, à Religiosidade (não no sentido de culto e prática religiosa, mas no sentido de SENTIMENTO que nos une a Deus).

NO Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos as considerações de Allan Kardec acerca da união entre ciência e Religião no 1º Capítulo da obra. Diz o codificador do Espiritismo: A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade (...).

São chegados os tempos (...) em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, devem apoiar-se uma na outra e marchar combinadas, se prestando mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor a irresistível lógica dos fatos.

A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. É toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade.

Terminamos o post de hoje lembrando que Kardec escreveu o texto acima em 1864 (evidentemente que inspirado pela Espiritualidade Superior), o que nos mostra o quão atualizada é a codificação - mesmo cerca de 150 anos depois.

O nosso fraterno abraço a todos.
Fiquem com Deus.

E até a próxima!!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A Gênese


Allan Kardec publicou A Gênese, quinta e última obra da Codificação Espírita, em janeiro de 1868.
A obra comporta a parte científica da Doutrina. Nela, o codificador do Espiritismo nos apresenta um estudo a respeito de como a Terra foi criada, como apareceram as criaturas e como é o Universo em suas facetas material e espiritual.
Ao explicar a Criação, a obra coloca Ciência e Religião face a face.

Em sua folha de rosto está escrito: A Doutrina Espírita há resultado do ensino coletivo e concordante dos Espíritos. A Ciência é chamada a constituir a Gênese de acordo com as leis da Natureza. Deus prova a Sua grandeza e Seu poder pela imutabilidade das Suas leis e não pela ab-rogação delas. Para Deus, o passado e o futuro são o presente.

O objetivo de A Gênese é o estudo aprofundado de três pontos: da gênese propriamente dita, dos milagres e das predições.

No que se refere à importância e oportunidade da obra, uma mensagem endereçada a Kardec pelos Espíritos que o auxiliaram na elaboração do livro merece destaque. Com data de julho de 1868 (seis meses após a publicação da obra), ela diz o seguinte: Está apenas começando a impulsão que A Gênese produziu e muitos elementos, abalados por ela, se colocarão, dentro em pouco, sob a tua bandeira. Outras obras sérias também aparecerão para acabar de esclarecer o juízo humano sobre a nova doutrina.

Conforme foi previsto na mensagem, muitos ficaram realmente abalados pelos novos estudos e, como consequência, surgiram importantes estudos científicos, pesquisas, livros, tratados... todos eles marcas da nova fase na qual entraria o Espiritismo: a de preparar a Humanidade para as realidades que, até então, não puderam ser ditas!

E aqui terminamos nossas abordagens acerca da codificação básica da Doutrina Espírita.
No próximo post, seguindo ainda a sequência da apostila Doutrina Espírita para Principiantes, trataremos do tema De que trata o Espiritismo?

Nosso abraço de sempre. Fiquem com Deus.
E até a próxima!!

sábado, 8 de setembro de 2012

O Céu e o Inferno


Quarta obra da Codificação Espírita, O Céu e o Inferno, publicado em agosto de 1865, nos traz a verdadeira concepção do céu, do inferno e do purgatório, através do relato dos próprios Espíritos que passaram por tais experiências após o desencarne.

O livro põe fim às penas eternas, demonstrando que tudo no Universo evolui e que as teorias sobre o sofrimento no fogo do inferno nada mais são do que uma ilusão.

A folha de rosto da obra já nos mostra seu conteúdo: "Exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corporal à vida espiritual, sobre as penalidades e recompensas futuras, sobre os anjo0s e demônios, sobre as penas, etc., seguido de numerosos exemplos acerca da situação real da alma durante e depois da morte".

Em artigo publicado na Revista Espírita de setembro de 1865, Allan Kardec, ao fazer a apresentação de O Céu e o Inferno, informa, principalmente, o objetivo do livro, as matérias e a forma como aí foram organizadas. São suas palavras: O título desta obra indica claramente o seu objetivo. Aí reunimos todos os elementos próprios para esclarecer o homem sobre seu destino.

Diz ainda: A vida do além-túmulo aí se desdobra sob odos os seus aspectos, como um vasto panorama; cada um aí colherá novos motivos de esperança e de consolação, e novos suportes para firmar a fé no futuro e na justiça de Deus.

No Programa Transição nº 40, Divaldo Pereira Franco, médium e orador espírita, explica como a Doutrina explica o céu e o inferno. É uma ótima opção para quem quer uma abordagem rápida e objetiva sobre o tema.

E por ora ficamos por aqui.
No próximo post, traremos a quinta e última obra da Codificação: A Gênese.

Nosso abraço de sempre. Fiquem com Deus.
E até a próxima!!

Tchau!

sábado, 1 de setembro de 2012

O Evangelho Segundo o Espiritismo


Nele, Allan Kardec apresenta as principais passagens da vida de Jesus e sua co-relação com os fatos que circundam nosso dia-a-dia, sempre em concordância com o ensino dos Espíritos Superiores que nos é apresentado nO Livro dos Espíritos.
Trata-se da parte moral e religiosa da Doutrina Espírita.

Kardec começa assim a introdução da obra: Podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral. As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, conservou-se constantemente inatacável. (...)
Essa parte [o ensino moral] é a que será objeto exclusivo desta obra.

O livro deixa claro que as parábolas existentes nos Evangelhos, que aos olhos humanos parecem fantasias, na verdade exprimem o mais profundo código de conduta moral de que se tem notícia. E como para "conduta moral" não existe uma fórmula, não existe um modelo matemático ou teórico que possa ser obedecido, o que precisamos é um "padrão de conduta" a ser seguido. É o que O Livro dos Espíritos nos traz em sua questão 625: Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo?
E os Espíritos Superiores respondem: - Jesus.

Sendo assim, para os Espíritos que evoluem na Terra, Jesus é o padrão de comportamento moral ideal - e é justamente o que a obra nos apresenta com maestria!

E para encerramos o post a respeito da terceira obra da Codificação, deixamos o vídeo do orador espírita Haroldo Dutra Dias com o tema A Contribuição da obra de Chico Xavier na Compreensão do Evangelho:


No próximo post traremos a quarta obra da Codificação: O Céu e o Inferno.
O abraço de sempre. Fiquem com Deus.
E até a próxima!!

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O Livro dos Médiuns


Há Espíritos?
Com essa pergunta, Allan Kardec inicia suas reflexões acerca da existência dos Espíritos nO Livro dos Médiuns, segunda obra da Codificação Espírita.
Publicado em janeiro de 1861, O Livro dos Médiuns contém, segundo sua própria folha de rosto, o ensino especial dos espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo.

Uma vez que a história da humanidade está repleta de exemplos de intercâmbio entre os mundos material e espiritual, podemos considerar que O Livro dos Médiuns traz um olhar novo sobre algo velho: não mais uma mescla de misticismo, não mais um conjunto de crendices, não mais um aglomerado de rituais reservados a um grupo pequeno de "eleitos": agora, o intercâmbio mediúnico era visto com os olhos da ciência e da razão.

Na introdução da obra, Kardec destaca o objetivo de suas páginas: Seu objetivo consiste em indicar os meios de desenvolvimento da faculdade mediúnica, tanto quanto o permitam as disposições de cada um, e, sobretudo, dirigir-lhe o emprego de modo útil, quando ela exista. Esse, porém, não constitui o fim único a que nos propusemos.
De par com os médiuns propriamente ditos, há, a crescer diariamente, uma multidão de pessoas que se ocupam com as manifestações espíritas. Guiá-las nas suas observações, assinalar-lhes os obstáculos que podem e hão de necessariamente encontrar, lidando com uma nova ordem de coisas, iniciá-las na maneira de confabularem com os Espíritos, indicar-lhes os meios de conseguirem boas comunicações.
Quem quer que o estude cuidadosamente, melhor compreenderá depois os fatos de que venha a ser testemunha.
Como repositório de instrução prática, portanto, a nossa obra não se destina exclusivamente aos médiuns, mas a todos os que estejam em condições de ver e observar os fenômenos espíritas.
Dirigimo-nos aos que vêem no Espiritismo um objetivo sério, que lhe compreendem toda a gravidade e não fazem das comunicações com o mundo invisível um passatempo.

Muitos poderão recear que, lendo O Livro dos Médiuns, passarão a ver ou ouvir 'coisas' das quais não eram testemunhas antes da leitura da obra. Entretanto, deixamos aqui uma pergunta: o fato de lermos uma coletânea sobre a teoria e prática da música clássica, estaremos aptos a tocar a 9ª Sinfonia de Beethoven? O raciocínio é o mesmo para a prática mediúnica: não é porque vc passou a conhecer os mecanismos da mediunidade que significa que, a partir daí, você se tornará um médium!

O link a seguir mostra a edição nº 143 do Programa Transição, no qual o trabalhador espírita Divaldo Pereira Franco fala sobre O Livro dos Médiuns:


Por ora ficamos por aqui.
Nosso próximo post tratará dO Evangelho Segundo o Espiritismo, terceira obra da Codificação Espírita.

O abraço de sempre. Fiquem com Deus.
E até a próxima!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

O Livro dos Espíritos


O Livro dos Espíritos é a obra básica da codificação espírita. Nele estão incluídos os ensinos fundamentais da Doutrina.
Escrito com base nas perguntas feitas por Allan Kardec e nas respostas dadas pelos Espíritos Superiores através das médiuns com as quais Kardec trabalhou, o livro trata sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o destino da Humanidade. Foi publicado em sua 1ª edição em 18 de abril de 1857 com 501 questões. A 2ª edição, que Kardec considerou como definitiva, conta com 1018 questões além de comentários e notas explicativas.

Kardec começa assim a introdução da obra: Fenômenos alheios às leis da ciência humana se dão por toda parte, revelando na causa que os produz a ação de uma vontade livre e inteligente.
A razão diz que um efeito inteligente há de ter como causa uma força inteligente e os fatos hão provado que essa força é capaz de entrar em comunicação com os homens por meio de sinais materiais.
Interrogada acerca da sua natureza, essa força declarou pertencer ao mundo dos seres espirituais que se despojaram do invólucro corporal do homem. Assim é que foi revelada a Doutrina dos Espíritos.
As comunicações entre o mundo espírita e o mundo corpóreo estão na ordem natural das coisas e não constituem fato sobrenatural, tanto que de tais comunicações se acham vestígios entre todos os povos e em todas as épocas. Hoje se generalizaram e tornaram patentes a todos.
Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.
Este livro é o repositório de seus ensinos. Nada contém que não seja a expressão do pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado.

A seguir, o link de O Filme dos Espíritos, filme que foi feito com base em O Livro dos Espíritos:


E por ora ficamos por aqui.
No nosso próximo post trataremos dO Livro dos Médiuns, segunda obra da Codificação Espírita.

O nosso abraço de sempre. Fiquem com Deus.
E até a próxima!!

Tchau!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Obras Básicas

Capítulo 2 da apostila Doutrina Espírita para Principiantes, que trata da Codificação Espírita, começa abordando as obras básicas do Espiritismo.


Para evitarmos escrever aquilo que outros já escreveram ou disseram de uma forma mais atraente do que nós, vamos nos limitar a postar o vídeo que aborda o assunto de forma ao mesmo tempo resumida e ampla: resumida porque condensa o assunto de forma a torná-lo atrativo; ampla, pq abraça os principais tópicos que giram em torno do tema.

Videos from YouTube

Devemos citar, também, que todo o trabalho era revisado várias e várias vezes por Allan Kardec para que erros ou interpretações duvidosas fossem evitados. As questões mais graves, relativas à Doutrina, eram revisadas com o auxílio de até dez médiuns.

No livro Obras Póstumas, compilado pelos sucessores de Kardec após a sua 'morte' e que traz anotações do codificador do Espiritismo acerca de seus estudos,  é apresentada a seguinte linha de raciocínio:

Um dos primeiros resultados que colhi das minhas observações foi que os Espíritos, nada mais sendo do que as almas dos homens, não possuíam nem a plena sabedoria, nem a ciência integral; que o saber de que dispunham se circunscrevia ao grau que haviam alcançado de adiantamento e que a opinião deles só tinha o valor de uma opinião pessoal. Reconhecida, desde o princípio, esta verdade me preservou do grave erro de crer na infalibilidade dos Espíritos e me impediu de formular teorias prematuras.

Por ora ficamos por aqui.
Nos próximos posts traremos detalhes de cada um dos cinco livros básicos da Doutrina Espírita.

Abraços e até lá!!

sábado, 11 de agosto de 2012

Sobre a linguagem bíblica


Meus amigos, no post de hoje resolvemos interromper momentaneamente a sequência da apostila Doutrina Espírita para Principiantes para trazermos, mesmo que superficialmente, um assunto que constantemente surge em nosso grupo de estudo na Fraternidade Espírita Joanna de Ângelis: a linguagem utilizada na Bíblia.

Vamos pensar numa situação hipotética: pensemos numa pessoa que acabou de pedir demissão e resolveu montar o seu próprio negócio. Ela diria alguma coisa mais ou menos assim:

"Hoje eu chutei o pau da barraca!
Cansado de engolir sapos, mandei meu chefe ir plantar batata e, de agora em diante, serei o dono do meu próprio nariz.
Sei que posso estar entrando numa fria... mas quem não chora, não mama!
Quantos abacaxis vão aparecer para eu descascar?? Isso só o tempo dirá.
Mas, para comemorar, vou encher a cara!!
É meu compadre... Rapadura é doce mas não é mole não!!"

Evidentemente que todos os que leram isso entenderam o que a mensagem nos diz.
Mas cabe uma pergunta: será que alguém, em algum país oriental, daqui a dois mil anos, irá entender? (mesmo que a mensagem seja traduzida?)

Muitos pensarão: traduzindo, todo mundo entende!!
Será??

Será que a tradução para o inglês de "Todos estes que aí estão atravancando meu caminho? Eles passarão. Eu passarinho!" (Mário Quintana) trará, realmente, a ideia que o poeta quis nos transmitir?

Voltando ao raciocínio: será que a linguagem utilizada por uma sociedade rural que viveu há 20, 30 séculos atrás num país oriental é a mesma de uma sociedade urbana, ocidental, em pleno século XXI??

Por isso é MUITO IMPORTANTE, quando estivermos fazendo qualquer estudo com base tanto no Novo quanto no Velho Testamento, que NÓS é que nos transportemos para a realidade do autor do texto, e não querer que ELE venha até nós, mais de 20 séculos depois de sua época e use uma linguagem igual a nossa.

Basta nos lembrarmos que, segundo Paulo de Tarso: "O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica." (2 Coríntios, 3:6)


O que conta é o sentido da frase, não o significado literal da sequência de palavras. "Engolindo sapos"?? Que coisa macabra!! hehehe

Por ora ficamos por aqui.
Esperamos que, mesmo abordando o tema de forma superficial, o post tenha despertado para a necessidade de estudarmos à luz da razão as mensagens imortais contidas nas Escrituras Sagradas do Cristianismo.

O abraço de sempre. fiquem com Deus.
E até a próxima!!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Mensagem Espiritual

Meus amigos, na conclusão do Capítulo 1 - A Doutrina Espírita da apostila Doutrina Espírita para Principiantes, o organizador nos traz uma mensagem assinada pelo Espírito de Verdade.
É uma mensagem transmitida por via mediúnica que resume o verdadeiro caráter do Espiritismo. Ela está presente na obra codificada por Allan Kardec, no prefácio de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

MENSAGEM ESPIRITUAL


Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.
Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.
As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas, e os cânticos dos anjos se lhes associam. Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino concerto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes, e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.
Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós. Amai-vos, também, uns aos outros e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no reino dos Céus.

O ESPÍRITO DE VERDADE


Essa mensagem traz várias referências a textos tanto do Velho quanto do Novo Testamento - referências que foram abordadas em nosso curso na Fraternidade Espírita Joanna de Ângelis e, mesmo com a limitação que nos é característica, traremos algumas considerações acerca delas aqui para o Blog.

"qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando"
Em Isaías, 40:26, Deus é chamado de "o Senhor dos Exércitos", e essa denominação está presente em toda a cultura hebraica, o que acabou fazendo com que os adeptos do judaísmo esperassem um Messias Guerreiro - motivo pelo qual eles vêem em Jesus um profeta inferior a Moisés.

"semelhantes a estrelas cadentes"
Na linguagem simbólica que norteia todo o Velho Testamento, Deus compara a descendência de Abraão a estrelas no céu (Gênesis, 15:5). Contudo, a referência aqui é a da descendência ESPIRITUAL: todo aquele que, a partir daí, passa a crer num Deus único, passa a ser considerado como uma estrela no céu. Sendo assim, as "estrelas cadentes" da mensagem seriam os Espíritos que voltam à Terra para trazer a mensagem do Cristo.

"As grandes vozes do Céu"
Fazemos aqui uma referência ao livro Ato dos Apóstolos, no dia de Pentecostes, em que os apóstolos começam a falar na língua de cada um dos povos que estavam presentes em Jerusalém (vide Atos, 2: 1-11). Nada melhor para representar a mediunidade presente no Novo Testamento.

"e dizei do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor!... e podereis entrar no reino dos Céus"
A mensagem faz referência à passagem contida no evangelho de Mateus (Mateus, 7:21), na qual Jesus diz que apenas aquele que fizer a vontade de Deus é que entrará no reino dos céua, e não aquele que ficar simplesmente louvando, sem colocar em prática, em prol do semelhante, todos os ensinamentos trazidos pelo Cristo.

E, para encerrarmos as abordagens referentes ao Capítulo 1 - A Doutrina Espírita da apostila, trazemos dois vídeos que resumem muito bem todos os assuntos que abordamos até agora:




Por ora ficamos por aqui.
O nosso fraterno abraço a todos.

Fiquem com Deus e até a próxima!!
Tchau!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Os continuadores (2)

No Brasil, é somente em 1865 que começam a surgir os primeiros Centros Espíritas.

Em julho de 1869, na cidade de Salvador / BA, é publicado o primeiro jornal espírita no país, o Ecos de Além Túmulo. A repercussão do jornal foi tamanha que referências às suas 56 páginas chegaram a ser mencionadas na Revista Espírita francesa daquele ano.
Diante dos ataques feitos pelo arcebispo da Bahia à época da publicação, Luís Olímpio Teles de Menezes, seu editor, escreveu:

"O Espiritismo tem de passar por provas rudes, e nelas Deus reconhecerá sua coragem, sua firmeza e sua perseverança. Os que se ausentam por um simples temor, ou por uma decepção, assemelham-se a soldados que somente são corajosos em tempos de paz mas que, ao primeiro tiro, abandonam as armas".
Nada mais atual!

É no final do século XIX que surge, também, a figura de Adolfo Bezerra de Menezes.


Conhecido como "o médico dos pobres", o Dr. Bezerra foi um dos grandes abolicionistas que defendiam não apenas a abolição da escravatura, mas também a inserção dos ex-escravos à sociedade por meio da educação. Neste sentido, publicou "A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação", que foi divulgado gratuitamente para a população. Dr. Bezerra ocupou a presidência da Federação Espírita Brasileira nos anos de 1889 e de 1895 a1900. Trabalhou pela unificação do Movimento Espírita no Brasil e é considerado o "Kardec Brasileiro", tamanho o incentivo dado ao movimento.

Posteriormente, vários médiuns contribuíram para a divulgação do Movimento Espírita no Brasil, dentre eles Francisco Peixoto Lins, Eurípedes Barsanulfo, Yvonne do Amaral Pereira, Divaldo Pereira Franco e Francisco Candido Xavier (o "Chico Xavier"), considerado o maior médium psicógrafo de todos os tempos.

Abaixo, alguns vídeos que ajudam a esclarecer um pouco mais sobre a vida de alguns desses missionários:








Por ora ficamos por aqui.
O nosso abraço fraterno a todos. Fiquem com Deus!

E até a próxima!!