domingo, 19 de maio de 2013

Depois da morte: perturbações e percepções

Meus amigos, por problemas 'internéticos' (rs...) ficamos um loooongo tempo sem postar, mas a partir de hoje damos continuidade às nossas postagens sobre a Doutrina Espírita para Principiantes e, no post de hoje, trataremos de um assunto um tanto quanto dogmatizado por algumas das correntes religiosas do orbe: trataremos sobre o "depois da morte".


No instante da morte, a alma (que estava encarnada) volta a ser Espírito. Uma vez que conserva sua individualidade (a qual nunca perde) no mundo dos Espíritos, volta a apresentar através da luminosidade de seu Perispírito a sua evolução espiritual.
Os Espíritos esclarecem que a separação da alma e do corpo não é dolorosa; que, geralmente, o corpo sofre muito mais durante a "vida" do que durante o momento da "morte". O que ocorre é uma perturbação dos sentidos.

Mas é na quarta obra da Codificação, O Céu e o Inferno, onde Allan Kardec traça uma série de considerações acerca do tema:

"A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca.
O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contacto existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento. Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa".

"Na transição da vida corporal para a espiritual, produz-se ainda um outro fenômeno de importância capital - a perturbação.
À proporção que se liberta, a alma encontra-se numa situação comparável à de um homem que desperta de profundo sono; as idéias são confusas, vagas, incertas; a vista apenas distingue como que através de um nevoeiro, mas pouco a pouco se aclara, desperta-se-lhe a memória e o conhecimento de si mesma. Bem diverso é, contudo, esse despertar; calmo, para uns, acorda-lhes sensações deliciosas; tétrico, aterrador e ansioso, para outros, é qual horrendo pesadelo".

"A causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento é o estado moral da alma. A afinidade entre o corpo e o perispírito é proporcional ao apego à matéria, que atinge o seu máximo no homem cujas preocupações dizem respeito exclusiva e unicamente à vida e gozos materiais. Ao contrário, nas almas puras, que antecipadamente se identificam com a vida espiritual, o apego é quase nulo. E desde que a lentidão e a dificuldade do desprendimento estão na razão do grau de pureza e desmaterialização da alma, de nós somente depende o tornar fácil ou penoso, agradável ou doloroso, esse desprendimento".

Há outras passagens acerca do tema, mas nos limitaremos a trazer apenas esses três para não tornarmos o post muito longo.
E por ora ficamos por aqui. No próximo post iniciaremos um tema de extrema importância para os estudiosos e simpatizantes da Doutrina Espírita: a REENCARNAÇÃO.

O abraço fraterno de sempre, fiquem com Deus.
E até a próxima!!