domingo, 31 de março de 2013

Progressão dos Espíritos

Dando continuidade às abordagens da apostila Doutrina Espírita para Principiantes em seu Capítulo de nº 4, que trata da Imortalidade da Alma, o tópico de hoje nos leva a refletir acerca da Progressão dos Espíritos.


Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec elabora uma série de questionamentos acerca do assunto, recebendo diversas considerações dos Espíritos Superiores que colaboraram com o processo de codificação da Doutrina.

Já na Introdução da obra o Codificador esclarece: "Os Espíritos não ocupam perpetuamente a mesma categoria. Todos se melhoram passando pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esta melhora se efetua por meio da encarnação, que é imposta a uns como expiação, a outros como missão. A vida material é uma prova que lhes cumpre sofrer repetidamente, até que hajam atingido a absoluta perfeição moral.
As diferentes existências corpóreas do Espírito são sempre progressivas e nunca regressivas; mas, a rapidez do seu progresso depende dos esforços que faça para chegar à perfeição".


No Capítulo 1 da obra, denominado de Dos Espíritos, os Benfeitores Espirituais deixam valiosas lições:

- Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que se melhoram?
"São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada".

- Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus?
"Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição (...)".

- Haverá Espíritos que se conservem eternamente nas ordens inferiores?
"Não; todos se tornarão perfeitos".

- Não podia Deus isentar os Espíritos das provas que lhes cumpre sofrer para chegarem à Primeira Ordem?
"Se Deus os houvesse criado perfeitos, nenhum mérito teriam para gozar dos benefícios dessa perfeição. Onde estaria o merecimento sem a luta?"


Nestas breves palavras, a espiritualidade superior afasta por completo todas as concepções espiritualistas de que Deus teria criado seres perfeitos que vieram a se rebelar e que, por isso, foram expulsos do "paraíso". Aqui, os Espíritos esclarecem que Deus, em sua Infinita Justiça, criou todos iguais, como bebês: simples e ignorantes - cabendo a cada um a construção de sua própria grandeza espiritual. Não há ninguém condenado à inferioridade perpétua: não há demônios, não há seres excluídos do processo de crescimento espiritual: TODOS teremos oportunidades; TODOS caminharemos para o aperfeiçoamento espiritual.

Mas é no livro O Céu e o Inferno que a proposta é desenvolvida com mais profundidade pelo Codificar do Espiritismo, motivo pelo qual sugerimos a todos os que queiram se aprofundar no assunto que leiam os Capítulos VIII e IX da obra, respectivamente, Os Anjos e Os Demônios.

E por ora ficamos por aqui.
No próximo post traremos algumas abordagens acerca do Perispírito, assunto que abre um leque para diversas linhas de estudo dentro da Doutrina.

O nosso abraço fraterno de sempre. Fiquem com Deus.
E até a próxima!!

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