quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Elementos Gerais do Universo

No post de hoje, trataremos de um tema pouco discutido no meio espírita - apesar de ser um tema extremamente importante: os Elementos Gerais do Universo.


Deus, espírito (com 'e' minúsculo) e matéria constituem o princípio de tudo o que existe: a trindade universal.
E como já abordamos a ideia de DEUS em posts anteriores, vamos, hoje, falar um pouco sobre ESPÍRITO e MATÉRIA.

ESPÍRITO
Princípio inteligente do Universo.
O espírito independe da matéria, embora a união de ambos seja necessária para que se dê vida à matéria orgânica.

MATÉRIA
Agente, intermediário através do qual e sobre o qual atual o espírito.
A matéria existe em diversos estados, inclusive tão etérea e tão sutil que escapa inteiramente ao alcance de nossos sentidos.

E pq a diferença entre Espírito (com 'e' maiúsculo) e espírito (com 'e' minúsculo)?
Espírito faz referência à individualidade humana, dotada de razão. Por sua vez, espírito é a designação do princípio inteligente do Universo.

Em O Livro dos Espíritos, o tema é abordado a partir da questão de número 21. Algumas delas trazemos para o post de hoje:


22. Define-se geralmente a matéria como sendo o que tem extensão, o que é capaz de nos impressionar os sentidos, o que é impenetrável. São exatas estas definições?
“Do vosso ponto de vista, elas o são, porque não falais senão do que conheceis. Mas a matéria existe em estados que ignorais. Pode ser, por exemplo, tão etérea e sutil, que nenhuma impressão vos cause aos sentidos. Contudo, é sempre matéria. Para vós, porém, não o seria.”

a) — Que definição podeis dar da matéria?
“A matéria é o laço que prende o espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce sua ação.”
Deste ponto de vista, pode dizer-se que a matéria é o agente, o intermediário com o auxílio do qual e sobre o qual atua o espírito.

23. Que é o espírito?
“O princípio inteligente do Universo.”

a) — Qual a natureza íntima do espírito?
“Não é fácil analisar o espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é, por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa. Ficai sabendo: coisa nenhuma é o nada e o nada não existe.”

24. É o espírito sinônimo de inteligência?
“A inteligência é um atributo essencial do espírito. Uma e outro, porém, se confundem num princípio comum, de sorte que, para vós, são a mesma coisa.”

25. O espírito independe da matéria, ou é apenas uma propriedade desta, como as cores o são da luz e o som o é do ar?
“São distintos uma do outro; mas, a união do espírito e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria.”

27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito?
“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o espírito possa exercer ação sobre ela. (...)”

28. Pois que o espírito é, em si, alguma coisa, não seria mais exato e menos sujeito a confusão dar aos dois elementos gerais as designações de matéria inerte e matéria inteligente?
“As palavras pouco nos importam. Compete-vos a vós formular a vossa linguagem de maneira a vos entenderdes. As vossas controvérsias provêm, quase sempre, de não vos entenderdes acerca dos termos que empregais, por ser incompleta a vossa linguagem para exprimir o que não vos fere os sentidos.”


E aqui terminamos o post de hoje.
O abraço fraterno de sempre e até a próxima!!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Atributos da Divindade

Continuando nossas postagens acerca do Capítulo 3 da apostila Doutrina Espírita para Principiantes, hoje trataremos dos Atributos de DEUS. Evidentemente que não traremos, aqui, TODOS os atributos do Criador - até porque ainda somos muito carentes perceptivamente, mas apresentaremos aqueles que não podem faltar à absoluta perfeição.


DEUS É ETERNO
Se tivesse tido princípio, teria sido criado por algo anterior a ele. É assim que, de degrau em degrau, remontamos ao infinito e à eternidade.

É IMUTÁVEL
Se tivesse sujeito a mudanças, as leis que regem o Universo não teriam qualquer estabilidade.

É IMATERIAL
Sua natureza difere de tudo o que consideramos como 'matéria'. De outro modo, ele não seria imutável, visto que estaria sujeito às transformações da matéria.

É ÚNICO
Se muitos deuses houvesse, não haveria unidade de direção no Universo.

É ONIPOTENTE
Ele o é porque é único. Se não dispusesse de soberano poder, algo haveria mais poderoso ou tão poderoso quanto Ele.

É ONIPRESENTE
Está presente em todos os lugares do Universo infinito. Quanto mais forte a luz, mais ela irradia a sua claridade. Logo, não existe lugar sagrado - ou melhor, TODOS os lugares são sagrados, ao passo que contam com a presença do Criador.

É SOBERANAMENTE BOM E JUSTO
A sabedoria providencial das leis divinas e a bondade e misericórdia de Deus se revelam desde as mais pequeninas coisas até as maiores. Os desígnios de Deus são insondáveis, mas soberanamente justos.

Por ora é só.
No próximo post, trataremos dos elementos gerais do Universo.

O abraço fraterno de sempre.
E até lá!!

sábado, 3 de novembro de 2012

Deus e as provas de sua existência

Dando continuidade ao Capítulo 3 da apostila Doutrina Espírita para Principiantes, hoje falaremos um pouco sobre as provas da existência de Deus.


Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec faz uma série de perguntas à Espiritualidade Superior sobre as provas da existência de Deus. Trazemos algumas delas para o post de hoje:

Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?
“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da educação, resultado de idéias adquiridas?
“Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”
Kardec comenta: Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão-somente produto de um ensino, não seria universal e não existiria senão nos que houvessem podido receber esse ensino, conforme se dá com as noções científicas.


Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?
“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? (...)”
Outro comentário de Kardec: A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.


Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
“Tendes um provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. (...)"
O Codificador do Espíritismo destaca: O poder de uma inteligência se julga pelas suas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade.



Sobre o assunto, os Espíritos que participaram da Codificação esclarecem, na questão de nº 14 de O Livro dos EspíritosDeus existe; disso não podeis duvidar - e é o essencial. Crede-me, não vades além. Não vos percais num labirinto donde não lograríeis sair. Isso não vos tornaria melhores (...). Deixai, conseguintemente, de lado todos esses sistemas; tendes bastantes coisas que vos tocam mais de perto, a começar por vós mesmos. Estudai as vossas próprias imperfeições, a fim de vos libertardes delas, o que será mais útil do que pretenderdes penetrar no que é impenetrável.

Kardec, por sua vez, conclui no livro A Gênese: Deus não se mostra, mas se revela por suas obras.

E, para terminarmos o post de hoje, trazemos uma história que nos é contada pelo Espírito Meimei no livro Pai Nosso:

"Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou: – Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?
O crente fiel respondeu: – Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
– Como assim? – indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-se: – Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
– Pela letra.
– Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?
– Pela marca do ourives.
O empregado sorriu e acrescentou: – Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
– Pelos rastros – respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso: – Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também."


O abraço fraterno de sempre. Fiquem com Deus!
E até o próximo post, onde falaremos dos Atributos da Divindade.